Pela segunda noite consecutiva, o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), precisou se abrigar em um bunker em Israel, após novos ataques do Irã contra cidades israelenses. Damião integra uma comitiva de políticos brasileiros que está no país do Oriente Médio para conhecer tecnologias de segurança pública. O grupo participa de agenda institucional promovida pelo governo israelense, responsável pelo custeio das agens e da programação.
“De novo. Eu já estava cochilando e acordo com a sirene e alarmes no celular mandando descer para o bunker. Com uma bermuda, vestindo a camisa rápido, com a mochila. Que luta, viu”, desabafou o prefeito de Belo Horizonte.
De acordo com o prefeito, os alertas começaram por volta de 1h15 da madrugada deste sábado, em Israel; início da noite de sexta no Brasil.
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— O Tempo (@otempo) June 14, 2025
Visivelmente abatido, Álvaro Damião descreve o ocorrido. No bunker, ao lado do prefeito, uma dezena de pessoas aparecem; muitas delas são políticos brasileiros que viajaram para Israel por convite do governo israelense, que pagou as agens, e tinham como intuito conhecer de perto as estratégias de segurança pública utilizadas naquele país. “Conhecemos na teoria e agora a aula prática”, comentou o prefeito em outro vídeo no qual explica a situação enfrentada no país.
Os ataques do Irã foram classificados pelo chanceler iraniano, Abbas Araghchi, como uma "declaração de guerra", em mensagem enviada ao Conselho de Segurança da ONU. São uma resposta ao governo de Israel, que deu início a onda de ataques na noite de quinta-feira (12 de junho). Os alvos dessa primeira leva foram concentrados em Teerã, capital iraniana, e, de acordo com Israel, o objetivo era atacar o programa nuclear iraniano; de acordo com agências, boa parte da cadeia de comando militar iraniana foi morta e instalações do programa nuclear do país, inclusive o reator principal em Natanz, foi atingido.